quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

JESUS CRISTO REALMENTE NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO?

Em breve estaremos mais uma vez comemorando o Natal, a festa do nascimento do menino salvador, que se sacrifica por nós, para pagar por nossos pecados. Mas essa data, na realidade, não é o verdadeiro dia do nascimento de Cristo.

Nos primórdios da igreja (336 d.C), quando Roma havia aderido ao Cristianismo, uma parte do império, mais precisamente a parte Oriental, comemorava o nascimento do Messias em 7 de janeiro, fazendo referência ao batismo do Jesus (para algumas culturas, você só nasce após o batismo, tornado-se então filho de Deus). Mas no século IV, as igrejas ocientais, adotaram a festa do Natal para o dia 25 de dezembro, mantendo 6 de janeiro como Epifania (Manifestação), ou seja, a maior parte da comunidade cristã aceitou a data, como sendo 25 de dezembro o nascimento de Cristo.

Mas por que o dia 25 de dezembro se tornou o dia do Natal?
A resposta está vinculada a tradições pagãs desta data. Nesta época em Roma comemorava-se a festa do Solstício de Inverno, que era dedicada ao nascimento do deus sol invencível.

Havia em Roma também a Saturnália, festa em homenagem a Saturno (equivalente a Cronus, pai de Zeus na Grécia), esta festa era comemorada de 17 a 22 de dezembro.
Na Pérsia, essa data era referida ao nascimento do deus Mitra, conhecido como o Sol da Virtude.

Como essa era uma época de intensa festividade e troca de presentes, a igreja deu um significado cristão a ela, como forma de evangelizar o povo e retira-los do paganismo.

Dessa maneira, a festa do Natal, o nascimento do menino luz, foi remanejada para a festa do Soltício de Inverno, criando a alusão do Sol de Justiça.

A verdadeira data do Natal, permanece oculta, mas isso não tem e nunca deve ter influência sobre os atos dos cristão, não é porque nessa data comemoramos o aniversário de Jesus, que devemos começar a ajudar o próximo. A Caridade não carece de data, deve ser vivida e praticada todos os dias do ano.

sábado, 20 de novembro de 2010

Reflexões sobre a humildade

 Estas são algumas frases para reflexão, algumas ditas por Madre Teresa de Calcutá

1. Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona... Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.

2. Não precisamos realizar grandes obras a fim de mostrarmos um grande amor por Deus e pelo próximo. É a intensidade do amor que colocamos em nossos gestos que os torna algo especial para Deus e para os homens.

3. Sei que meu trabalho é uma gota no oceano. Mas sem ele, o oceano seria menor.

4. O que eu faço é simples: ponho pão nas mesas e compartilho-o. O importante não é o que se dá, mas o amor com que se dá.

5. Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las. A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.

6. O dever é uma coisa muito pessoal; decorre da necessidade de se entrar em ação, e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa.

7. Faz com que em lugar de pena te respeitem.Não vivas de fotografias amareladas.

8. Não podemos fazer grandes coisas na Terra. Tudo o que podemos fazer são pequenas coisas com muito amor. Para manter uma lamparina ardendo, você tem que colocar óleo nela.

9. Quando descanso? Descanso no amor. O amor é a fruta da época de todas as estações e está ao alcance de cada mão. Qualquer um pode colhê-lo, sem limites estabelecidos.

10. Tem sempre presente que a pele se enruga, que o cabelo se torna branco, que os dias se convertem em anos, mas o mais importante não muda! Tua força interior e tuas convicções não têm idade.

11. A todos os que sofrem e estão sós, daí sempre um sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração.

12. Atrás de cada linha de chegada há uma de partida. Atrás de cada triunfo há outro desafio. Enquanto estiveres vivo sente-te vivo.

13. Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade. Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.

14. Se sentes saudades do que fazias torna a fazê-lo. Continue apesar de todos esperarem que abandones: não deixes que se enferruje o ferro que há em ti.

15. Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz. As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável

16. Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor.

17. Quando pelos anos não consigas correr... trota. Quando não possas trotar... caminha. Quando não possas caminhar... usa bengala. Mas nunca te detenhas.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A inocência (Sabedoria)

Logo abaixo se encontram pequenas vivências de pessoas, que encontraram na simplicidade a sabedoria divina, mostrando como a didática de Deus vai contra tudo aquilo que dizemos ser a racionalidade humana, como consumismo e o poder do mais forte sobre o mais fraco... ótimo para reflexão


O autor e conferencista Leo Buscaglia certa ocasião falou de um concurso em que tinha sido convidado como jurado.

O objetivo era escolher a criança mais cuidadosa.

Eis alguns dos vencedores:



Um garoto de 4 anos tinha um vizinho idoso ao lado, cuja esposa havia falecido recentemente.

Ao vê-lo chorar, o menino foi para o quintal dele, e simplesmente sentou-se em seu colo.

Quando a mãe perguntou a ele o que havia dito ao velhinho, ele respondeu:

- Nada. Só o ajudei a chorar.

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Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando uma foto de família.

Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada.

Logo uma menina falou:

- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.

Logo outro aluno perguntou-lhe:

- O que significa "ser adotado"?

- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!

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Sempre que estou decepcionado com meu lugar na vida, eu paro e penso no pequeno Jamie Scott.

Jamie estava disputando um papel na peça da escola. Sua mãe me disse que tinha procurado preparar seu coração, mas ela temia que ele não fosse escolhido.

No dia em que os papéis foram escolhidos, eu fui com ela para buscá-lo na escola. Jamie correu para a mãe, com os olhos brilhando de orgulho e emoção:

- Adivinha o que, mãe!

E disse aquelas palavras que continuariam a ser uma lição para mim:

- Eu fui escolhido para bater palmas e espalhar a alegria!

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Conta uma testemunha ocular de Nova York:

Num frio dia de Dezembro, alguns anos atrás, um rapazinho de cerca de 10 anos, descalço, estava em pé em frente a uma loja de sapatos, olhando a vitrine e tremendo de frio.

Uma senhora se aproximou do rapaz e disse:

- Você está com pensamento tão profundo, olhando essa vitrine!

- Eu estava pedindo a Deus para me dar um par de sapatos - respondeu o garoto...

A senhora tomou-o pela mão, entrou na loja e pediu ao atendente para dar meia duzia de pares de meias para o menino. Ela também perguntou se poderia conseguir-lhe uma bacia com água e uma toalha. O balconista rapidamente atendeu-a e ela levou o garoto para a parte detrás da loja e, tirando as luvas, se ajoelhou e lavou seus pés pequenos e secou-os com a toalha.

Nesse meio tempo, o empregado havia trazido as meias. Calçando-as nos pés do garoto, ela também comprou-lhe um par de sapatos.

Ela amarrou os outros pares de meias e entregou-lhe. Deu um tapinha carinhoso em sua cabeça e disse:

- Sem dúvida, vai ser mais confortável agora.

Como ela logo se virou para ir, o garoto segurou-lhe a mão, olhou seu rosto diretamente, com lágrimas nos olhos e perguntou:

- Você é a mulher de Deus?

sábado, 4 de setembro de 2010

INQUSIÇÃO

Vivemos esses dias o início da propaganda eleitoral gratuita, vemos diversos de grupos de esquerda e também os de direita, pregarem uma revolução social, que já tarda para acontecer, ouvimos discursos exaltados de ordem e de igualdade afim de melhorar a vida das pessoas.
Também notamos a presença de pessoas que somente se candidataram, por motivos de má fé, buscando se enriquecerem de forma rápida, mesmo que para isso utilizem meios porcamente desonestos.
Isso nos deixa enraivecidos, a ponto de desacreditarmos na política. Fato esse que também ocorre com a religião, principalmente quando descobrimos o quanto o homem já se utilizou da mesma para mudar o rumo da história a seu interesse.

Quando começamos a estudar na escola matérias como história e literatura, somos bombardeados pelas informações da Inquisição, que realmente foi um momento negro na história do homem e não da Igreja.
A dialética, entre os atos dos homens daquela época e a religião, estão fortemente ligados pelos grilhões do Teocentrismo, fato esse que cria jargões que confundem a cabeça daqueles que estão intelectualmente (conhecimento formal, escolar) se desenvolvendo.

Ao iniciarmos nos estudos, que remontam a tempos passados como a Idade Média, logo nos deparamos com a crueldade humana, onde a lei do mais forte imperava. Mas como podemos quantizar a idéia do mais forte? Nem sempre o mais forte era aquele que possuía as melhores armas ou o maior exército, mas sim aquele que possuía o temor de seus seguidores.
Maquiavel, diz em seu livro “O Príncipe”, que para um governante ter controle sobre os súditos, ao contrário de ser amado, ele devia ser temido, pois os bons atos tendem a serem esquecidos com o tempo, pois criaram uma boa sensação momentânea (depois do bom o povo sempre vai pedir pelo ótimo, esquecendo do que lhes serviu antes e frustrando-se por não obter algo melhor que o anterior fato). Já os atos que causaram medo na população, vão perdurar, pois acabam tendo o mesmo efeito que uma cicatriz, mesmo passados anos ainda é lembrado.

É claro que Maquiavel expôs isso no seu livro, não com o efeito de fazer com que o príncipe mandasse plenamente em seu povo, mas sim o contrário, queria que o povo compreendesse como o príncipe agia, dessa forma alertando como se defender do mesmo.
A idéia de se seguir os mandamentos de Deus, em uma época onde mais de 99% da população era tida como desgraçada, pois não nasceram em berço abastado, acabava gerando uma forma de controle muito grande, pois como toda maioria era pobre, criou-se a idéia de que essa era a vontade de Deus, ou seja, os nobres eram os escolhidos divinamente para governarem eram protegidos pelo Senhor.

Mas como sabemos isso não se encaixa com a figura de Cristo (não foi Ele quem nasceu em uma estrebaria, viveu como mendigo e por fim morreu humilhado em uma cruz?), conseqüentemente, podemos subjugar como resposta, utilizando um simples silogismo da lógica aristotélica, que toda essa divisão estamental, não passa de uma idéia da cabeça humana. Não passa de uma idéia da cabeça daqueles que queriam governar.

Nos remetendo a famílias nobres da Idade Média européia, notamos que todas são católicas, não pelo fato de acreditarem nas promessas de Cristo, mas sim pelo fato de que a população era Católica. Geralmente o Filho Varão (primogênito), recebia o encargo de continuar a governar e aumentar as terras de sua família, recebendo para isso o poder militar, tornando-se assim um guerreiro. O Segundo Filho por sua vez não podia comandar o reino, ao menos que o Varão morresse sem deixar descendentes, então, para continuar a influência sobre o povo (afim de evitar revoltas), o Segundo Filho recebia o encargo episcopal, ou seja, era ordenado bispo. Um fato que os cientistas historiadores e escritores não citam, é que esses bispos, não pediram para entrarem no mundo clerical, conseqüentemente, eram bispos de fachada, sem terem recebido o chamamento divino (Vocação Sacerdotal), ou seja, não eram pertencentes ao verdadeiro corpo da Igreja, sendo somente, homens políticos que forjaram uma imagem forte da igreja católica para seu próprio uso. Por isso na Idade Média ouvimos muito dizer em padres e bispos que guardavam o dever celibatário, fugindo escondidos do templo e entrando nos bordeis a busca de luxuria e bacanais.

Esses não eram os verdadeiros servos da Igreja Católica, eram somente homens, sem devoção, que buscavam ascensão e poder imediato, fazendo lavagem cerebral na cabeça das pessoas humildes, utilizando para isso o status, que por sorte adquiriram por terem nascidos em uma família abastada (conseqüentemente, observando com um olhar mais atento, notamos que para Deus, realmente somos todos iguais, o fato de sermos ricos ou pobres é algo relativo às condições probabilísticas de nascermos em uma determinada família, ou seja, o rico não era rico porque sua família recebia as bênçãos especiais de Deus, mas sim por ter nascido em uma família rica, pois a riqueza material é uma invenção humana e não de Deus).

Muitas decisões, como as fogueiras e enforcamentos, são atreladas ao nome da Igreja, mas realmente, a mesma não teve parte disso, pois como disse antes, as pessoas que estavam compondo o Clero, não eram vocacionados, não se preparam para agir por Cristo, mas sim pelo poder. Fatos como matar pessoas por trabalharem com ervas medicinais (crimes de bruxaria e adoração do demônio), na realidade era uma forma dos governantes retirarem a esperança de melhorias de vida dos humildes, dizendo para se conformarem, pois Deus queria que eles se mantivessem pobres (Uma vez que o próprio Cristo foi pobre), pois essa era uma situação muito bonita e honrosa.

Jargões como “Reze para Deus, pois somente assim Ele irá te salvar de sua doença” ou “Trabalhe humildemente, pagando seus impostos a quem te protege”, são facilmente reconhecidos como idéias de pessoas que buscam o poder, chupando a jugular dos mais desfavorecidos. O fato de falar para o povo que a busca da cura, como o auxílio de plantas, era algo demoníaco, e que só a reza para Deus, atrelada com a benção de um sacerdote, traria o resultado esperado, foi um meio de forçar todos a acreditarem de forma cega no que o corpo sacerdotal tinha a dizer (somente rezar, sem tomar algum medicamento, não demonstra fé, mas sim fanatismo, Deus nos deu a inteligência para desenvolvermos métodos de melhoria de vida, portanto a utilização da ciência de modo algum é reconhecida pela Igreja Católica como algo do Demônio).

Mesmo chegando a um consenso de que a Igreja não tem responsabilidade (mas sim, aqueles que utilizaram seu nome, sem pedir licença), pode surgir a pergunta “Mas então por que Deus permite e permitiu tanta desgraça... Não seria Ele um injusto?”, que pode facilmente ser respondida, levando em consideração que não podemos analisar as forma de pensar de Deus, com os idéias e lógica humana, pois ficar esperando Daquele que te ama e deu a liberdade para todos (um dos sinais de Seu amor), uma atitude de orientação como se fossemos Suas marionetes, é algo bastante simplório. Deus não é a favor da desgraça, por isso dá toda a oportunidade de você tentar melhorar a vida de seu próximo, se utilizando de inteligência e coragem (A característica humana de sermos criaturas sociáveis, nos garante a chance de irmos buscar o próximo, ou seja, para que as coisas mudem, você tem que dar o primeiro passo, se isso for levado no coletivo, todos darão o primeiro passo e então as diversas situações tendem a mudar, basta somente coragem e fé).

Mas para as jovens cabeças em formação, coisas revoltantes acabam sendo marcantes para seu desenvolvimento intelectual, pois como a crítica social está começando a dar os primeiros passos, as idéias de que tudo tem que mudar de uma forma abrupta se torna muito evidente, com isso um grande sentimento de repulsa para com a religião se cria, porque a mesma somente tem caráter de controle de massas.
Os fatos das falhas humanas são expostos de forma que são de responsabilidade da Igreja, não mostrando o caráter psicológico envolvido e trabalhado por parte da idéia de governante. Os livros de história, não mostram como a identidade dos governantes se criou (algo desenvolvido pelo homem primitivo, ou seja, algo por muito anterior à Igreja Católica), prezando somente pelas atitudes tomadas no decorrer das civilizações.

Na própria Idade Média, atos humanitários (atos cristãos, mas que não são lembrados em livros de história por fazer alusão a Cristo) como os que São Francisco de Assis fez, tendo a coragem de tentar melhorar a Igreja Católica e servindo de exemplo para muitos (antes Martinho Lutero tivesse feito assim, pois depois se vendeu aos nobres) modificaram por muito a vida de diversas pessoas, retirando-nas de uma vida sem esperança e trazendo-as para a verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja da Caridade, a Igreja da comunidade a chamada Igreja Católica.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

FALSO DEUS


Venho mais uma vez expor um assunto polêmico, em que diversas respostas do inacreditável muitas vezes são apoiadas, mas que se torna tão nocivo para a religião como para a ciência.
Alguns teóricos costumam chamar essa forma polêmica de se enxergar as coisas de o “Deus das Lacunas”, pois quando se cria uma lacuna no saber se adentra com a resposta “Foi a obra de Deus”.
Mais uma vez digo que não contesto a ação de Deus, pois esse não é o intuito deste texto, mas na realidade de conseguir ver e diferenciar as obras do Mesmo, daquilo que faz parte do natural e daquilo que não faz, dessa forma interpretar a obra divina de uma forma racional e não tão emotiva, pois a emoção é um fator que cria falsas variáveis nessa interpretação (É claro, não podendo ser generalista, a emoção também pode estar inclusa nas ações de Deus).
O chamado deus das lacunas está presente na história do ser humano já faz um bom tempo, desde o Antigo Testamento até os dias atuais, há pessoas que acreditam que qualquer coisa que ocorre é a ação de Deus a algo que fizemos, uma visão racionalista, que nos leva a teoria do filósofo iluminista Isaac Newton, com a lei “Para toda força aplicada, há uma resposta de mesma intensidade e em sentido oposto!”, ou seja, Deus estaria agindo para conosco com o pensamento racional de um ser humano, em outras palavras, Deus não teria nada de inovador no seu agir para conosco.
Mas cegos pelos fatos que ocorrem, as pessoas esquecem do racional, e sempre jogam as coisas nas costas de Deus, mesmo sendo fatos bons como fatos ruins.
Uma pessoa que se cura de uma doença, nem sempre é um ato de Deus, mas sim da própria natureza. O ato de Deus cura uma pessoa, visa na sua conversão e na conversão de quem estiver próximo do mesmo, ou seja, o simples fato da pessoa se curar não significa que foi um milagre (O milagre esta na capacidade que Deus nos deu de cuidar do próximo e desenvolver a ciência de forma ética para trazermos a todos uma forma de vida coerente, saudável e descente).
Quando ocorre um desastre e várias pessoas acabam vítimas, antigamente e ainda hoje se acredita que foi um castigo de Deus, ou seja, mais uma vez, encarando a forma de pensar de Deus como se o Mesmo pensasse como um ser humano, limitado pela natureza e movido por emoções.
Quando se coloca a culpa de tudo em Deus, nós renegamos a nossa capacidade de escolha e liberdade, assim como a existência da natureza que nos encontramos envolvidos.
O maior problema que o deus das lacunas trás, é o fato de quando o mesmo é jogado por terra, quando se prova que, o que o mesmo estava servindo de resposta, não passa de algo passívelmente explicado como algo natural, seus fiéis acabam por perder o chão, ou seja, perdem seu apoio, e tudo em que acreditou até então, se mostra como algo comum e não mais espetacular.
Quando se procura na religião algo espetacular (shows pirotécnicos, luzes piscando, vozes do além), coisas que somente tratam do emocional e não do racional, se ofende a Deus, pois deixamos explicito para Ele, que não conseguimos até hoje notar no quão espetacular e perfeita é a natureza que Ele criou e nos deu de presente. Quando tentamos jogar nas costas Dele a resposta para o acidente ou para a cura, mais uma vez, O ofendemos, pois criamos situações fantásticas, de caráter midiático em que seu nome é dito como o causador da obra, criando as lacunas para o pensar panteístico e do deturpamento de sua imagem.
Devemos sempre lembrar, que Deus criou uma máquina perfeita denominada natureza, a mesma trabalha seguindo uma ordem (suas leis) e que todos nós somos subjugados a esta máquina. Em certos momentos Deus modifica o sentido do fluir desta máquina, passando por cima de suas leis. Quando isso ocorre se tem o milagre. O mesmo sempre terá caráter de conversão, mas lembrando que hoje vivemos em um mundo interligado e de informações velozes, a maioria das pessoas consegue acesso a Sagrada Escritura, então por quê se teria a necessidade de novos milagres? É claro que essa pergunta tem um caráter pessoal, mas que se analisada mais profundamente, se encontra algo pertinente.
O ser humano prefere esquecer a sagrada escritura para buscar o fantástico, buscar uma fé verdadeira (utópica dessa forma), precisa fazer o mesmo que Dídmo (“Se eu não ver... se eu não tocar em suas feridas não acreditarei que está ressuscitado!!!!). A conseqüência da busca pelo deus das lacunas é a destruição da fé verdadeira, é a criação de um deus com características do pensar humano e não com a inteligência divina, algo criado, moldado e colocado para funcionar, da forma que Ele deve se adequar a minha vida, e não a minha pessoa se adequar a Seu amor.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Supernatural

As pessoas costumam misturar ciência e religião quando não conseguem explicar algum fato da natureza, ou mesmo quando um fato é passívelmente explicável pelos postulados científicos, criando assim várias vertentes de pensamentos, que arrebanham seguidores de um modo muito veloz, apoiando suas convicções e crenças no generalismo dos pensamentos céticos ou mesmo cegos.
Muitas pessoas dizem que não acreditam em religiões, pois há diversas provas cientificas que contestam as mesmas. Pois bem, realmente um milagre não pode ser validado se uma prova cientifica dizer o contrário (digo isso no sentido de fraude, histeria coletiva ou mesmo característica natural das coisas), se uma prova científica mostrar o contrário do valor divino do ato, com certeza temos algo natural, e que deve ser encarado dessa forma.

As pessoas que se apóiam no jargão “Prova Científica”, quando perguntadas muitas vezes não sabem dizer o que é uma prova científica. Irei chamar de “Coisa” os possíveis milagres ou mesmo as características dos materiais e da matéria.
Antes de tentarmos compreender o que é uma prova científica, devemos pensar no caráter dos meios que provam as coisas. Quando pensamos na forma como as coisas são provadas, devemos lembrar que as mesmas passam por uma averiguação laboratorial, sem essa averiguação, as coisas não são levadas a sério no meio acadêmico e científico.

Na história da ciência, vemos que no início, as pessoas que possuíam respostas para perguntas do inexplicável, ganhavam a conotação de iluminadas. Como os diversos sacerdotes, que estudavam o firmamento e desvendavam quando haveria as cheias nos rios, época boa para as civilizações de regadío, que viviam próximas ao leito de rios e irrigavam as plantações e levavam água para as comunidades com o auxílio de rios.
Isso nos mostra que as pessoas ditas como iluminadas possuíam o conhecimento de que estavam lidando com as forças naturais (não entrando nesse momento nas concepções panteístas das diversas civilizações), e se utilizavam das mesmas para agradar ou ter poder sobre os governantes. Este estigma criado entre o saber científico e as religiões perdura até hoje, onde muitos chefes religiosos se utilizam de seu conhecimento da natureza do comportamento humano para confortar seus seguidores e criar um domínio sobre os mesmos. Trazendo respostas paras as coisas como sendo obra de um ser maior, que doou um pouco de seu poder ou proteção para ele, que dessa forma pode orientar esse poder sobre seus seguidores. Não aceitando a contestação de outras formas de pensar científico.

Quando isso acontece é sinal de medo que os postulados criados, apoiados na não contestação do que o iluminado disse, venham a cair por terra. Fazendo assim, com que a crença nesse iluminado se torne em algo obsoleto e não controlável pelo mesmo.
Mas não contesto a existência de milagres, pois os mesmos se dão como forma de conversão, e não com conotação de shows pirotécnicos, onde em vários casos, o milagre (ou coisa como disse no início), trás ao fiel graças materiais.
Quando lembramos agora de milagre, pensamos que o mesmo não pode ser creditado, sem um olhar um pouco cético, não com caráter destrutivo, mas sim de verificação. Sabemos também que essa verificação se dá em forma laboratorial, saindo daí o jargão “Prova Científica”.

Agora entrando mais na ciência, temos que lembrar que a mesma é criada sobre alguns postulados, ou seja, verdades incontestáveis (a ciência em certos pontos se torna então mais despótica que a religião?), um bom exemplo disso é quando tentamos entender a física aplicada em partículas, as leis aplicáveis a corpos mascrooscópicos, nem sempre funciona com partículas, por isso se criou uma outra física, para se poder compreender como o mundo sub-atômico funciona. Essa é a chamada Física Quântica (Ou mesmo Química Quântica). 

Observamos então que as ciências não são tão exatas quanto pensamos, ela está em evolução, e quando um cientista não consegue provar alguma coisa, ele desenvolve um meio explicável para o fenômeno. Muitas vezes conhecido como milagre.
Os milagres podem ser explicados em caráter científico... Quando um câncer é curado de um dia para o outro, a ciência diz que as divisões das células doentes pararam, mas não se sabe o por que naquele momento. Portanto, em grande parte dos casos, o milagre não deve ser analisado no fato do problema ter sido sanado, mas sim pelo momento que se deu, no por que ocorreu. Casos como paralisia do corpo, hoje não são mais identificados como milagre, pois pode ser que tudo não passe de um bloqueio cerebral, e que em algum instante o mesmo seja desbloqueado por uma emoção forte (isso não se limita à paralisia do corpo, há casos de cegueira e ataques epiléticos), ou seja, a ciência está provando o problema e explicando o por que do momento.

De posse disso podemos entrar mais profundamente na ciência e lembrar que as coisas são provadas em laboratório, ou seja, se utilizam meios naturais para isso. Quando falamos de laboratório devemos pensar que o mesmo leva por base os princípios da natureza, simulando as condições naturais e utilizando os meios naturais. Lá dentro nada foge à física, à matemática e à química, tudo se sujeita à natureza.
Agora como podemos provar a vontade de Deus, seus atos e a sua própria existência, utilizando meios criados por Ele, meios que não conseguem subjugá-lo, pois são de caráter natural. Quando nos utilizamos desses fatos, chegamos a resposta de que Deus não existe, pois ele não tem essa necessidade, pois a condição de existência é algo sub-julgado a quem esta preso as condições da natureza. 

Portanto falar que Deus não existe, ou que milagres não se dão e que tudo isso pode ser provado pela ciência, é um fato verdadeiro, pois não conseguimos provar em laboratório, o que não pode ser caracterizado como pertencente à natureza. Uma simples questão de silogismo aristotélico.