domingo, 7 de dezembro de 2014

Salvar a própria vida é agir contra Deus?

Uma das piores coisas é quando você tenta mostrar algo a mais para as pessoas, mas essas não estão dispostas a ver. Estava eu debatendo com umas pessoas referente existirem alguns erros justificáveis frente a definição do que as pessoas entendem como pecado. 

O que é o pecado?
O pecado é uma ação deliberada de própria vontade do indivíduo negando sua crença.
Ou seja, o pecado condenável é aquele que ocorre com intuito de ocorrer. 
Porém se uma pessoa bater em outra por pura diversão (por exemplo), mas nunca foi instruída do erro, quem não instruiu ou se omitiu frente a educação da pessoa, é quem comete o pecado, ou seja, o pecado existe, é feito por uma pessoa, mas a coitada não sabia que tal ato era passível a uma condenação. Logo essa pessoa teria pecado de forma autônoma? Não... existe um erro embutido no ato de quem não ensinou.

Existe uma frase dita entre os catequistas da Igreja Católica que exprime isso: "Se um dia um catequizado for parar no inferno, é de se esperar que seu catequista chegou lá primeiro"

Na minha discussão eu dizia que se alguém colocar uma arma na sua cabeça e falar para você se pronunciar contra Deus, e assim você o fizer, isso não pode ser considerado algo condenável, uma vez que a pessoa está falando o que o coração e a cabeça não estão querendo expressar.

Meus argumentos eram embasados no ato de Pedro, que negou Cristo três vezes pelo medo da morte física e mesmo assim se tornou um grande pilar da Igreja (sendo martirizado no fim da vida), nada o impediu de ter uma vida Santa, pois o arrependimento frente ao pecado de negar a Deus foi instantâneo nesse caso. E como Deus é atemporal, o perdão também ocorreu junto, sendo nulo então o ato do pecado.

Porém ocorreu de diversas pessoas virem correndo tentar me rebater com passagens da bíblia, na qual diziam referente ao desapego da vida. Houve até um rapaz que disse que eu devia morrer nessa situação, porem negar jamais!

A maioria das pessoas pegam a Bíblia na mão e a interpretam da forma que querem, muitas vezes sem um aprofundamento etimológico, epistemológico, filosófico, histórico, teológico e social/político. E cria-se dois grande caminhos para o erro. O primeiro é a interpretação ao pé da letra das escrituras sagradas. Cristo deixou bem claro que antes das leis deve vir o amor a Deus e ao próximo. E o segundo erro é a interpretação do texto ao bel prazer e conveniência de quem o lê. Li, "interpretei" sem bases concretas, não gostei... vou fundar uma nova religião, ou criticar as que tem por ai!  

É de extrema importância ler a Bíblia Sagrada, porém, também é de extrema importância procurar edições confiáveis da mesma, e estudar correntes de raciocínio e teologia para enriquecer o vocabulário, o silogismo, a cultura e a interpretação dos textos. A mensagem da Bíblia é infalível, porem nem sempre que a lê compreendeu a infalibilidade da mesma!