domingo, 20 de abril de 2014

Felicidade, alegria e tristeza.

O quadro abaixo é uma obra de arte que tenho em minha casa, e ele transmite um sentimento muito forte para quem o contempla.

Cristo Chorando.
                                                   
 Esse Cristo é o Cristo que se aproxima do homem em uma das suas características mais marcantes, o sentimento de tristeza.

Porém se Cristo é Deus e Deus é feliz plenamente, como pode Cristo ter estado triste? Não seria uma ambiguidade?

A resposta é não... Não é uma ambiguidade!

O ser feliz é diferente de ser alegre ou contente, a felicidade é algo contínuo que você só consegue quantificar quando raciocinada frente a um longo período... Uma visão de longe, algo macroscópico, um macroestado... uma vida inteira e um momento único isolado.

Porém no ato de ser feliz não é isento de momentos ... sendo momentos alegres ou contentes e os momentos tristes... Todos nós podemos nos dizer tristes ou alegres, porém existe uma oscilação, onde em algumas horas podemos passar de um momento ao outro - triste a contente ou contente a triste - só que isso não consegue dizer se nosso momento nos garante a caracterização de sermos felizes.

Felicidade não é estar contente, felicidade não é o contrário de sofrimento e muito menos de tristeza. Pois felicidade não é uma definição de momento, mas sim de estado, não havendo um antônimo.

A felicidade no entanto pode ser comparada com a natureza, nós não temos capacidade de descrever o que é a natureza, porém conseguimos expressa-la na forma de dados, usando o modelo científico para isso... A felicidade pode passar por um mesmo raciocínio, só que em vez de ser expressa em dados numéricos , ela pode ser expressa com os sentimentos (comumente dizendo), uma vida e mesmo ações, não somente passando pelos momentos de alegria ou tristeza.

Logo Deus mesmo sendo Feliz plenamente pode ter momentos de tristeza e alegria, na figura de Cristo isso é ilustrado facilmente, na tristeza de ter o medo humano da dor e na alegria no ato humano de ver o próximo bem.