sábado, 7 de julho de 2018

O aborto jamais será aceito por um cristão!

O Papa Francisco frisa bem que o aborto não é uma questão teológica, mas sim, científica... Ou seja... A Igreja pode se pronunciar, mas com intuito educacional dos fiéis, traduzindo o escopo científico para o escopo teológico.



Ciência e religião não são antagônicas, mas sim, complementares. A primeira se trata das definições físicas e a segunda das questões metafísicas.

No que se refere ao aborto, antes de se criarem as leis e direitos, existe a necessidade de se definir o instante de "estalo" de vida.

Esse "estalo" tem que ser embasado na definição mais básica de vida. Como se orientar nisso então? 
O reino monera (não sei se usam essa classificação ainda) é composto por seres que em geral não possuem alto grau de complexidade no que se refere às organelas e, são caracterizados como vida por características de comportamento (reprodução e alimentação). Todavia um vírus (não faz parte do reino monera) não possui organela complexa alguma, mas um comportamento básico de vida, no caso, a reprodução. Então surge uma pergunta... Por que um vírus necessita se reproduzir se não é vivo?... Logo, a definição do que é vivo ou não, se encontra sobre uma base muito frágil.

No que se refere à vida humana, um zigoto é a forma mais básica do ser, sendo formado por um espermatozoide e um óvulo. Tanto o espermatozoide, quanto o óvulo possuem organelas complexas e 50% do material genético que define um ser humano (o 100% em geral são 46 cromossomos... Uma vez que pessoas com síndrome de dawn tem um cromossomo a mais e, são seres humanos, por isso o termo "em geral"). Logo, a definição de vida humana tem que ser estudada já no zigoto. O zigoto tem como única função "crescer" e multiplicar suas células para levar a formação macroscópica de um corpo. Logo, pode-se dizer que, existe um "comportamento" zigótico, em outras palavras, um zigoto vai levar a uma estrutura corporal humana. Dessa forma, a vida não pode ser caracterizada se, existe ou não, semelhanças físicas com um corpo humano já constituído. Logo um zigoto pode sim ser caracterizado como um feto.

A ciência não consegue cravar se um vírus é ou não vida (existe sim essa lacuna, por mais que as pessoas tentem afirmar que não, pois viram em seus cursos de ciências que a vida possui necessidade desde comportamento até necessidade de descargas elétricas em sistema nervoso de seres mais complexos), por consequência, a atitude mais conservadora é a mais lógica. Essa atitude é importante pois se está lidando com a definição de vida e, não pode haver erros. Se ocorrerem erros e, realmente for vida, temos genocídio... Se realmente não for vida, não ocorrem problemas. Por isso a posição conservadora sempre é usada em ciência.

Assim, por silogistica chegamos: Se um feto é vida humana e, assassinato é a extinção premeditada de uma vida, então, a extinção premeditada da vida de um feto é um assassinato.

Se for definido que um feto é um ser humano, por definição ontológica, ele já é um "ser", se é um "ser" se enquadra como integrante da sociedade. Se é um integrante da sociedade já existem leis que garantem seu direito à vida, sendo um aborto uma ação que resulta em tentativa de assassinato e lesão corporal, logo, passível à processo para quem promove.

Ou seja, para que a legalização do aborto ocorra, deve-se abrir o pretexto do abrandamento de crimes... No caso o abrandamento do assassinato.

Logo, por diversos aspectos o aborto não é lógico.

E notem que, não se relaciona nada a termos teológicos a discussão, mas sim, somente a termos científicos e legais.



Todavia, para quem quer uma posição religiosa:

Desde o século I a Igreja tem a consciência de que o aborto é pecaminoso. Assim, por exemplo, diz a Didaqué, o primeiro Catecismo cristão, datado de 90-100:
“Não matarás, não cometerás adultério… Não matarás criança por aborto nem criança já nascida” (2,2).

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Uma ponte interpretativa entre a epistemologia científica e a crença no mundo metafísico.

De uns tempos para cá, venho estudando epistemologia da ciência, o que tem garantido novas ideias sobre o pensamento teológico também. Um fato bastante interessante, que descobri a pouco tempo e, que somente agora, consegui concatenar uma ideia básica, sobre um pensamento que se relaciona a ferramenta científica com a extrapolação do natural, em outras palavras, uma ponte mais estruturada entre a interpretação da natureza e a metafísica,.

Essa ideia, se baseia no referencial teórico de Gaston Bachelard, que foi um epistemólogo francês especialista na interpretação de como a ciência é apresentada, se desenvolve e é interpretada pelas pessoas. Uma de suas principais obras é "O Desenvolvimento do Espírito Científico", todavia, não se surpreenda com o termo "espírito", o qual não se vincula a característica transcendental, mas sim, mais ligado a uma característica de ação, saber trabalhar, compreensão, pensamento sobre algo, etc.

Figura 1: Gaston Bachelard
Dessa forma, o Desenvolvimento do Espírito Científico, resumidamente, se baseia no que Bachelard intitulou de 3 estados do desenvolvimento do espírito científico. O primeiro estado, se relaciona  ao pensamento que somente se vincula às primeiras impressões, ao senso comum e a exaltação da natureza. Esse estado do pensamento científico é conhecido como "Estado Concreto", em outras palavras, é o estado em que as reflexões científicas são limitadas somente ao mundo concreto. Dentro desse escopo, temos como por exemplo, as observações de fenômenos naturais e a aceitação deles como um todo (ocorre por si mesmo, ocorre pois tem que ocorrer). A nível matemático, somente problemas de níveis mais básicos, como os geométricos, são considerados, ou mesmo, que tem aplicação direta ao concreto tangível.

O segundo estado do desenvolvimento científico, é conhecido como "Estado Concreto-Abstrato", sendo que, é um estado de desenvolvimento mais avançado ao do Estado Concreto. Nesse momento, a pessoa se encontra num estágio que começa a aceitar o pensamento abstrato, mas ainda não consegue compreender como um todo o pensamento abstrato. Obviamente, dentro do escopo do Estado Concreto-Abstrato, a pessoa inicia pensamentos que extrapolam o que existe no tangível, em outras palavras, inicia-se uma aceitação de que existem coisas que não são possíveis serem percebidas com simples observações. Um exemplo dessa aceitação é a existência de vírus e bactérias que levam a doenças. A nível matemático, se inicia o trabalho com variáveis e incógnitas.

O terceiro estado é conhecido como "Estado Abstrato" e, se baseia, no momento em que a pessoa desenvolve capacidade cognitiva para compreender algo que extrapole completamente ao Estado Concreto. Esse fato é alcançado quando a pessoa consegue elaborar hipóteses que não se baseiem no senso comum, nas observações do tangível, no macroscópico, mas sim, que consigam elaborar ideias onde ocorra o desenvolvimento de uma projeção mental de algo mais abstrato. Exemplos desse estado mental se enquadram na compreensão de que os átomos não são pequenas bolinhas, mas sim, uma partícula que é descrita via funções de onda, ou seja, uma visão mais complexa e que necessita de mais conceitos prévios. A nível matemático, já se torna possível o trabalho e desenvolvimento de funções, sistemas, integrações, derivações, diferenciações e limites.

Creio que, agora possa ter ficado simples a observação, no que tange ao pensamento religioso. 

No caso, quem critica o pensamento religioso, tentando criar uma observação de mundo, a qual, somente a natureza se mostra como chave de todas e qualquer resposta, acaba se mostrando vinculado ao Estado Concreto, uma vez que não consegue desenvolver uma abstração extrapolativa do universo. Mesmo que, a nível científico, a pessoa se enquadre no Estado Abstrato, a nível cognitivo do todo, se mostra dependente da exaltação da natureza. Em outras palavras, não conseguiu extrapolar a ferramenta de interpretação da natureza, a qual, nos referimos como ciência. Nesse escopo, muitas vezes, existe uma grande confusão, onde a pessoa não consegue diferenciar ciência de natureza, ou ainda, do fechamento cognitivo para tudo que possa contrapor a ferramenta que ele usa.

Com isso, essas pessoas acabam se apegando muito à ferramenta de interpretação, a qual é dependente de conceitos, postulados e ideias formuladas para sua simples funcionalidade, esquecendo que, essa é uma invenção humana e, somente existe pois o ser humano existe, ou seja, a ciência é dependente do homem que a usa para ser funcional. Dessa forma, fechar o horizonte cognitivo nesse foco, acaba por limitar a percepção total de universo. Logo, se algo não se enquadra no escopo da ferramenta, ele não pode ser mensurado, se não pode ser mensurado não pode ser percebido, se não pode ser percebido então não existe. Todavia, notem que, a ferramenta de coleta de dados e de análise, possui limitações, pois foi desenvolvida para que gere significados cognitivos para os sentidos humanos. 

Entretanto, surgem questionamentos: "E os possíveis fenômenos que existem e, que ainda não são captados pelas ferramentas, devido a limitações físicas das mesmas... Não existem?... Não tem importância?"

Obviamente, se existem, esses fenômenos possuem importância, do contrário não teriam função, se não tem função, não possuem sentido e se enquadrariam em gasto energético... Fato esse que a natureza evita a todo custo, uma vez que busca estabilidade constante.

Existe também, um pensamento que retrata a ciência como uma formiga dentro de uma fazendinha dessas de plástico. O universo para ela é limitado ao que ela consegue observar (considerando o fato que a formiguinha possuísse um sistema de visão como o nosso), todavia, ela consegue apenas ver objetos muito grandes em sua totalidade, a uma determinada distância, a qual não seja nem muito perto ou mesmo muito longe. Entretanto, se o objeto estiver muito perto e, a formiguinha não conseguir reparar sua totalidade, o mesmo passará despercebido para ela (mesmo sendo gigantesco), por outro lado, se o objeto, mesmo que seja enorme, estiver longe, a mesma formiguinha, não irá conseguir percebe-lo, devido a sua limitação de observação.

Figura 2: A ciência pode ser classificada como uma forminha que não consegue ver nada além do seu foco limitado de vista, no que tange a sua característica fisiológica.
Ou seja, negar algo, devido ao fato de que o mesmo não seja perceptível pela ferramenta utilizada, não quer dizer que esse algo não exista. Um exemplo científico disso foi com o fenômeno da quantização energética dos elétrons em um átomo, explicando melhor, o elétrons possuem níveis de energia, os quais "qualificam", sua presença em um determinado local do espaço. Para isso, houve a necessidade de se desenvolver uma nova visão de mecânica, uma vez que a física clássica não mais correspondia ao fenômeno que agora estava se tornando perceptível, todavia, havia se mantido oculto, até que a ferramenta de coleta de dados e interpretação natural, viesse a se tornar apta para captar esses tipos de dados. Dessa forma, se originou a Mecânica Quântica.

Contudo, torna-se óbvio que, negar a Deus, pois O mesmo não É captado via a ferramenta de interpretação natural, não quer dizer que Ele não existe, mas sim que, Sua presença se enquadre em um escopo não natural. Todavia, para compreender essa observação, o questionador precisa extrapolar o Estado Concreto no Desenvolvimento do Espírito Científico.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Breve reflexão sobre o mundo acadêmico.

Eu sou químico com formação em educação e mestrado em quântica, e uma coisa que venho percebendo entre os acadêmicos da área de ciências físicas é que existe meio que um tabu... algo como se fosse uma obrigação... não querendo generalizar... mas muita gente torna-se ateu pois parece que essa é uma obrigação profissional.

Obviamente, na maioria dos casos que eu já vi, essas pessoas não tem muita consciência do que realmente é a ciência, sendo que, em muitas definições essas pessoas confundem ciência e natureza. Que são coisas distintas... logo, dentro desse escopo, se as pessoas não conseguem discutir bem as definições de ciências e mesmo de natureza... não vão conseguir discutir religião.

Dentro das características epistemológicas nós temos visões de mundo, sendo a científica uma delas, as outras são a visão religiosa, a visão do senso comum e a cosmológica.

Então, o que temos, são visões de mundo e não verdades absolutas. Para um sitiante no meio da caatinga, é muito mais simples crer na religião ou no senso comum do que na ciência. Uma vez que essa visão do mundo é excluída de seu escopo. O mesmo se aplica aos "cientistas" devido à omissão frente aos estudos teológicos.

Mas, o que mais me assusta é que, até hoje, não consegui discutir religião entre os "cientistas", pois as definições sobre o que é uma deidade são tão frágeis que não permitem a possibilidade de discutirmos um culto a tal deidade... sim, a fraqueza na argumentação sobre o definir a Deus (no caso frente ao Deus cristão) não deixam a conversa se estender e chegar na religião.

É claro que religião não é Deus, porém dizer que a religião é o mau da humanidade sem mesmo entender o que é uma religião... demonstra muitas falhas de aprendizado... a epistemologia de algo não se passa pela omissão... logo, se omitir frente a um saber, pois a pessoa não concorda, não trás aptidão para discuti-la.
Pena que muitos dos "cientistas" não compreenderam que ciência é uma ferramenta e não a explicação de algo. A explicação é muito mais metafisica, uma vez que se baseia numa abstração embasada em epistemologia e até em senso comum.

Se alguém gosta de ensino de química, tenho um outro blog, chamado Licenciando em Química, onde, explico e ajudo alunos e futuros professores na empreitada acadêmica.
Segue o link: http://licenciandoemquimica.blogspot.com.br/

Além disso também tenho um canal no youtube, chamado Ciência Química!, onde estou iniciando uma série de vídeos sobre História da Química. Segue o link de meu último vídeo: 

sábado, 20 de agosto de 2016

Depressão x Mau Caratismo

Por algum motivo que desconheço, muita gente encontra em mim um ombro para poder desabafar seus dramas e aflições e, ao longo do tempo, adquiri um certo traquejo em ouvir e falar com as pessoas.

Nesse período de tempo, onde comecei a me dispor em ouvir e até aconselhar, descobri algo importante sobre a depressão, mal esse, que graças a Deus, não me aflige.

Podemos caracterizar a alegria como a antítese da tristeza, pois a alegria corresponde a um momento, assim como a tristeza, sendo que uma pessoa pode ser alegre e em outros momentos triste. Logo pode-se notar que alegria e tristeza não são constantes, mas sim momentos. E o que seriam então as constantes?... A resposta para isso é simples... A felicidade e a depressão.

Uma pessoa feliz pode ter momentos alegres e tristes, assim como a pessoa em depressão, porém a felicidade se passa por um estado de controle do corpo, mente e emocional, já a depressão pode haver o controle do  corpo, mas a mente e, obviamente o emocional, se encontram prejudicados. Dessa forma, levando a um quadro de patologia. Por isso a depressão tem que ser tratada e não encarada como uma simples tristeza.

O tratamento é desenvolvido com auxílio de vários profissionais, como médicos (psiquiatria), psicólogos, terapeutas e até mesmo com profissionais da área do esporte, pois sabe-se desde a Grécia antiga que mente sã depende de um corpo são. Todas essas áreas tem que ser levadas em consideração, pois como disse anteriormente, a depressão age tanto no organismo, quanto na parte mental.

A característica básica da depressão é o sofrimento, sendo que o mesmo vem atrelado a outros distúrbios como, ansiedade e agorafobia, que são extremamente comuns e podem ser tratados de diversas formas, partindo desde tratamento médico, com auxílio de drogas e, até mesmo, com ajuda de terapias holísticas. Outro problema, que a depressão pode desencadear são disfunções hormonais, sendo que a pessoa não consegue sentir prazer, pois, devido a diversos fatores que o organismo que se encontra sob estresse, não consegue liberar hormônios como a endorfina (hormônio do relaxamento), serotonina (hormônio do humor), ocitocina (hormônio do amor) e a dopamina (hormônio da recompensa). Logo é muito comum ver pessoas com depressão terem algum vício exagerado, seja em doces, tabaco, álcool, sexo, drogas e até mesmo em redes sociais (algo mais moderno, ligado à aceitação).

Outro distúrbio que pode desencadear a depressão é o fato do assédio social, físico e moral. O ser humano é uma criatura social, sendo que, quando se isola, acaba desenvolvendo psicopatias, muitas vezes agressivas e, que devem ser tratadas por parte de quem causa o assédio e também de quem recebe o assédio.

Após traçar um resumo simples do porque as pessoas acabam sofrendo com a depressão, podemos chegar a um ponto muito importante que é o fato de que não existe uma medida para se dizer que uma pessoa sofre mais ou menos que a outra. Todas as pessoas criam um universo próprio, onde colocam para si mesmas, suas crenças, gostos, afetividades, vontades, emoções, confortos, ou seja, criam um universo onde se encaixam, ou ao menos tentam se encaixarem. Logo se alguma dessas coisas que conhecemos como nosso horizonte é retirada, certamente existe a possibilidade do sofrimento surgir.

Pode parecer estranho, mas não tem como dizermos que uma pessoa que vive em meio a guerra da Síria sofre mais ou menos que uma pessoa que vive na Noruega e sofre com a perda de uma tampinha de garrafa de sua coleção. Sofrimento é sofrimento, porém existe o fato da intensidade existente ao redor desse sofrer. Se a pessoa se abala por qualquer coisa, existe a necessidade de analisarmos o quanto aquilo representa em sua vida e iniciar um tratamento, para dessa forma, reconstruir o físico, o psicológico e, consequentemente o emocional. Um grande erro é tentar fazer um tratamento de choque, tentando comparar o sofrer de uma pessoa com outra... “Olha aquela pessoa... sofre mais que você e, ela não se entrega!”... Isso não é construtivo, sendo que, pode causar mais danos ainda. A atitude correta é oferecer a ajuda e tentar traçar objetivos que essa pessoa pode conquistar ao longo desse período. O mais importante é se manter junto, oferecer ajuda, mas, também cobrar resultados de forma pouco agressiva. Esse é o famoso dar o peixe e ensinar a pescar!

Agora, conhecendo o básico do básico, podemos perceber que é complicado dizer se uma pessoa sofre por motivos supérfluos ou não, sendo que, se motivos pequenos, que são  facilmente solucionáveis, se tornam grandes problemas, isso indica que a pessoa precisa de uma observação mais constante, pois o psicológico dessa pessoa é extremamente fragilizado. Porém, existem casos de mau caratismo, onde a pessoa finge um sofrimento, para dessa forma, conseguir benefícios por parte de quem se coloca à ajudar. E como identificar isso?

As características básicas do depressivo são a reclusão social, insônia, pouca auto-estima (a pessoa fica sem tomar banho e cuidar da aparência), nervosismo, alopecia (queda de cabelo) e até mesmo atentado contra a própria vida.

Logo, o sujeito que tenta o engodo, ele vai se usar de algum desses artifícios para tentar controlar quem estiver por perto e, assim conquistar seus objetivos. Muita gente tenta se usar desse fenótipo de depressivo, para garantir que um segundo sujeito garanta seu sustento, sendo que em geral, esse mau caráter se nega passar por tratamento, pois sabe que o tratamento é bastante custoso para seus objetivos. Por isso cuidado na análise é grande!

Uma dica que dou para quem se encontra em depressão, ou que ajuda uma pessoa que se encontra com tal problema é fazer com quem a pessoa aceite que tem uma patologia e tem que se tratar. Outro fato, que pode ajudar no tratamento é fazer o enfermo sair de redes sociais, uma vez que as mesmas trazem situações de falsas competências, uma vez que muita gente posta coisas que os fazem parecer bem sucedidos, levando a quem não teve mesma chance a se considerar menos que os outros.


sábado, 26 de março de 2016

As atuais pesquisas sobre o Santo Sudário levam a uma dicotomia em relação a veracidade da Sagrada Escritura?

Mais uma vez estamos na páscoa, e junto desse momento de renascimento, também surgem algumas dúvidas sobre o sacrifício de Cristo.

Hoje não vou me prender na explicação da consciência de Cristo referente aos eventos que o cercaram, mas sim, ao fato sobre o que a ciência vem falando atualmente sobre o flagelo de Cristo e uma possível contradição com a sagrada escritura.

Uns meses atrás uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bréscia na Itália, utilizando uma fotografia do Sudário de Turim, desenvolveu um procedimento cefalométrico, onde estudaram o rosto impresso no tecido, gerando uma imagem em três dimensões, nas quais conseguiram estudar melhor os machucados do homem que sofreu o flagelo. Estou me referindo a um sujeito qualquer e não a Cristo por enquanto, para ser o mais imparcial possível.

Os estudos mostraram que o rosto impresso no tecido, possuí uma deformação que leva a crer ser um grande inchaço na mandíbula. Segundo a dentistas e médicos, esse inchaço na realidade corresponde a uma luxação na articulação temporomandibular, ou seja, o homem que foi envolto no tecido sofreu muitos golpes no rosto, até chegar ao ponto de ocorrer uma fratura na mandíbula.

Esse fato colocaria em cheque a profecia de que nenhum osso seria quebrado durante o sacrifício cruento do Messias, ou seja, criando uma dicotomia que leva a seguinte encruzilhada: "Se o tecido for realmente o Sudário de Cristo, então a sagrada escritura está errada, pois Cristo não poderia ter sequer um osso quebrado" ou "Se a sagrada escritura estiver certa, então o Sudário não é de Cristo, pois o rosto impresso mostra ter uma fratura grave na mandíbula".

Foto tirada do Sudário de Cristo em 1931.
A princípio pode parecer algo complicado de refutar, porém existe um porém não levado em consideração pelos céticos, e é relacionado com a definição de fratura de um osso. Para os judeus, romanos e para a maioria dos povos daquele período, uma fratura era reconhecida, somente quando havia o rompimento da carne, ou seja, quando existisse a exposição do osso. Obviamente também reconheciam fraturas não expostas, porém, que levavam a descontinuação do osso na pele. Provavelmente entre poucos povos o conhecimento de que uma luxação poderia representar uma fratura era efetivo, portanto, para as pessoas as quais a profecia foi exposta esse fato ainda não era conhecido.

Portanto, uma profecia teria que ser simples o suficiente para agregar informação a nível de situação e não somente de detalhes. A profecia não teria que explicar o que é uma fratura, mas sim, que não haveria uma fratura definível dentro da situação.

Além dessa característica óbvia da definição do que é uma fratura, também temos a identificação do momento esperado pela quebra de um osso. Esse momento se dá no adiantamento da morte na cruz que os romanos faziam, ou seja, eles causavam a morte por um fator não necessariamente da cruz, mas sim por uma asfixia espontânea. Quando uma pessoa era crucificada, além da hemorragia e da desidratação, essa pessoa ia perdendo a função pulmonar com o tempo, devido ao enrijecimento dos músculos do peito, costas, braços e pescoço, o que inviabilizava o ato de inspirar e expirar, porém isso poderia levar horas, ou mesmo dias, sendo que com isso os flagelados ficavam muito tempo expostos aos olhares de todos. 

Como a época era de páscoa, e muita movimentação popular ocorria, foi pedido que se removessem os corpos das cruzes o quanto antes, com finalidade de não gerar revoltas, devido ao fato dos flagelados poderem ser motivos de revoltas ou mesmo de identificação com mártires. Portanto para acelerar a morte, bastava quebrar as pernas dos condenados, o que removia o apoio do corpo e então levava ao estiramento de todos os músculos de suporte do corpo, provocando asfixia.

Quando a profecia diz que não haveria a quebra de nenhum osso de Cristo, ela se refere ao tipo de morte que o Messias teria, ou seja, a morte de cristo não seria por asfixia, mas sim por hemorragia. A ideia por morte de hemorragia é vinculada ao fato de que o sacrifício para o judeu é um evento cruento, ou seja, deve haver o escape de todo o sangue do sacrificado, uma vez que o sangue era considerado o envolucro da alma e da vida como um todo, uma vez que a perda de muito sangue levava e leva a morte.

Portanto, obviamente a sagrada escritura está correta, e mesmo com uma fratura no rosto, aquele tecido pode ser o Sudário de Cristo.

Fonte: http://www.infovaticana.com/2015/11/07/jesucristo-sufrio-una-luxacion-mandibular-por-los-golpes-recibidos/

sábado, 12 de setembro de 2015

Bicentenário de Dom Bosco.

No dia 16/08/2015 celebramos o bicentenário de nascimento de São João Bosco, ou mais comumente conhecido como Dom Bosco. Nascido em uma comuna próxima a Turim (Castelnuovo, província de Asti - Itália), filho de camponeses, desde cedo conheceu uma vida de grande pobreza, ficando órfão de pai com dois anos, o que gerou em sua vida uma grande necessidade de levar ao próximo todo o sentimento paterno que não teve chance de vivenciar, educando, alimentado e evangelizando jovens.

Aos 9 anos de idade Jesus lhe aparece em um sonho, dizendo para seguir Maria e educar jovens pobres, e assim com 11 anos, ele parte para Turim onde inicia sua vida de jovem sacerdote, visitando as prisões e ruas da cidade, o que lhe trouxe grande preocupação e então, o que levou-o a criar um oratório, onde educava os jovens baseado em três fundamentos: Razão, Religião e Amabilidade.

Em 1859 funda a congregação Pia Sociedade de São Francisco de Sales, que ficou conhecida como Salesianos, e em 1872, juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fundam a vertente feminina dessa congregação, conhecida como Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora.

A obra de Dom Bosco ainda hoje vive de forma pulsante, ajudando jovens em mais de 2000 comunidades espalhadas por 132 países. Fazendo a função de educar e alimentar, fato esse que é obrigação do estado e não da Igreja.

Em comemoração a esses 200 anos de Dom Bosco, as relíquias desse Santo estão percorrendo as comunidades Salesianas pelo mundo, permanecendo uma semana em cada local. Essa semana as relíquias se encontraram em minha comunidade, na igreja Nossa Senhora Auxiliadora na cidade de São Carlos. Abaixo algumas fotos dessas relíquias que normalmente se encontram em Turim.

Urna de vidro, com uma reprodução em porcelana de Dom Bosco. As vestimentas que se encontram na reprodução são as que foram usadas pelo Santo durante sua vida.


Urna com pedaço do cérebro de Dom Bosco

Urna com pedaço do cérebro de Dom Bosco

A urna que reproduz o descanso de Dom Bosco não tem o tamanho natural do Santo, mas sim uma reprodução. Ao lado temos minha mãe.


domingo, 5 de julho de 2015

O que é Liberdade?

Deus criou o homem e a mulher como seres dotados de alma e fé, com um grande objetivo que é ser livre e como consequência dessa liberdade, também ser feliz, dessa forma, a liberdade e a felicidade são complementares.

Por Deus ser a maior expressão de liberdade e felicidade, busca-Lo te leva à tão querida liberdade .
Porém o que é liberdade?

A liberdade é um estado bastante confundido quando se tenta defini-la, pois acredita-se que a liberdade é uma expressão da vontade, ou seja: “Faço o que quero!”
Porém essa definição é completamente incorreta, pois epistemologicamente o “Faço o que quero!”, leva até a formação de uma escravidão da atitude e da vontade, pois tudo o que traz ordem acaba por ser refutado, em busca do caos.

Forma de liberdade criada pelas leis humanas: A Liberdade Guiando o Povo, de Delacroix (1830): uma personificação da liberdade. A liberdade, antigamente, era vista como resultado de batalhas e de imposição de vontades e justiças.


Deus é a completa organização, porém não uma organização da lógica limitada humana, mas sim uma lógica que transcende a vontade e o caráter de personalidade humana.
Logo a liberdade garantida biblicamente, não é a liberdade de atitude, mas sim a liberdade de poder se livrar da materialidade, com isso, para ser livre e consequentemente feliz existe a necessidade do temor a Deus.

Silogisticametente:
Se para ser livre eu tenho que buscar a liberdade, e a liberdade é expressa totalmente por Deus, logo temos que buscar a Deus.


Segundo Baruch Espinoza a liberdade é intimamente ligada com a natureza do homem. Como o homem é uma criação de Deus, criada por Ele e para Ele, a sua natureza é divina. Logo sua liberdade é uma expressão de atitude referente aos desígnios divinos de Deus, jogando por terra a teoria de que a mesma é somente uma expressão da vontade humana.