sábado, 20 de agosto de 2016

Depressão x Mau Caratismo

Por algum motivo que desconheço, muita gente encontra em mim um ombro para poder desabafar seus dramas e aflições e, ao longo do tempo, adquiri um certo traquejo em ouvir e falar com as pessoas.

Nesse período de tempo, onde comecei a me dispor em ouvir e até aconselhar, descobri algo importante sobre a depressão, mal esse, que graças a Deus, não me aflige.

Podemos caracterizar a alegria como a antítese da tristeza, pois a alegria corresponde a um momento, assim como a tristeza, sendo que uma pessoa pode ser alegre e em outros momentos triste. Logo pode-se notar que alegria e tristeza não são constantes, mas sim momentos. E o que seriam então as constantes?... A resposta para isso é simples... A felicidade e a depressão.

Uma pessoa feliz pode ter momentos alegres e tristes, assim como a pessoa em depressão, porém a felicidade se passa por um estado de controle do corpo, mente e emocional, já a depressão pode haver o controle do  corpo, mas a mente e, obviamente o emocional, se encontram prejudicados. Dessa forma, levando a um quadro de patologia. Por isso a depressão tem que ser tratada e não encarada como uma simples tristeza.

O tratamento é desenvolvido com auxílio de vários profissionais, como médicos (psiquiatria), psicólogos, terapeutas e até mesmo com profissionais da área do esporte, pois sabe-se desde a Grécia antiga que mente sã depende de um corpo são. Todas essas áreas tem que ser levadas em consideração, pois como disse anteriormente, a depressão age tanto no organismo, quanto na parte mental.

A característica básica da depressão é o sofrimento, sendo que o mesmo vem atrelado a outros distúrbios como, ansiedade e agorafobia, que são extremamente comuns e podem ser tratados de diversas formas, partindo desde tratamento médico, com auxílio de drogas e, até mesmo, com ajuda de terapias holísticas. Outro problema, que a depressão pode desencadear são disfunções hormonais, sendo que a pessoa não consegue sentir prazer, pois, devido a diversos fatores que o organismo que se encontra sob estresse, não consegue liberar hormônios como a endorfina (hormônio do relaxamento), serotonina (hormônio do humor), ocitocina (hormônio do amor) e a dopamina (hormônio da recompensa). Logo é muito comum ver pessoas com depressão terem algum vício exagerado, seja em doces, tabaco, álcool, sexo, drogas e até mesmo em redes sociais (algo mais moderno, ligado à aceitação).

Outro distúrbio que pode desencadear a depressão é o fato do assédio social, físico e moral. O ser humano é uma criatura social, sendo que, quando se isola, acaba desenvolvendo psicopatias, muitas vezes agressivas e, que devem ser tratadas por parte de quem causa o assédio e também de quem recebe o assédio.

Após traçar um resumo simples do porque as pessoas acabam sofrendo com a depressão, podemos chegar a um ponto muito importante que é o fato de que não existe uma medida para se dizer que uma pessoa sofre mais ou menos que a outra. Todas as pessoas criam um universo próprio, onde colocam para si mesmas, suas crenças, gostos, afetividades, vontades, emoções, confortos, ou seja, criam um universo onde se encaixam, ou ao menos tentam se encaixarem. Logo se alguma dessas coisas que conhecemos como nosso horizonte é retirada, certamente existe a possibilidade do sofrimento surgir.

Pode parecer estranho, mas não tem como dizermos que uma pessoa que vive em meio a guerra da Síria sofre mais ou menos que uma pessoa que vive na Noruega e sofre com a perda de uma tampinha de garrafa de sua coleção. Sofrimento é sofrimento, porém existe o fato da intensidade existente ao redor desse sofrer. Se a pessoa se abala por qualquer coisa, existe a necessidade de analisarmos o quanto aquilo representa em sua vida e iniciar um tratamento, para dessa forma, reconstruir o físico, o psicológico e, consequentemente o emocional. Um grande erro é tentar fazer um tratamento de choque, tentando comparar o sofrer de uma pessoa com outra... “Olha aquela pessoa... sofre mais que você e, ela não se entrega!”... Isso não é construtivo, sendo que, pode causar mais danos ainda. A atitude correta é oferecer a ajuda e tentar traçar objetivos que essa pessoa pode conquistar ao longo desse período. O mais importante é se manter junto, oferecer ajuda, mas, também cobrar resultados de forma pouco agressiva. Esse é o famoso dar o peixe e ensinar a pescar!

Agora, conhecendo o básico do básico, podemos perceber que é complicado dizer se uma pessoa sofre por motivos supérfluos ou não, sendo que, se motivos pequenos, que são  facilmente solucionáveis, se tornam grandes problemas, isso indica que a pessoa precisa de uma observação mais constante, pois o psicológico dessa pessoa é extremamente fragilizado. Porém, existem casos de mau caratismo, onde a pessoa finge um sofrimento, para dessa forma, conseguir benefícios por parte de quem se coloca à ajudar. E como identificar isso?

As características básicas do depressivo são a reclusão social, insônia, pouca auto-estima (a pessoa fica sem tomar banho e cuidar da aparência), nervosismo, alopecia (queda de cabelo) e até mesmo atentado contra a própria vida.

Logo, o sujeito que tenta o engodo, ele vai se usar de algum desses artifícios para tentar controlar quem estiver por perto e, assim conquistar seus objetivos. Muita gente tenta se usar desse fenótipo de depressivo, para garantir que um segundo sujeito garanta seu sustento, sendo que em geral, esse mau caráter se nega passar por tratamento, pois sabe que o tratamento é bastante custoso para seus objetivos. Por isso cuidado na análise é grande!

Uma dica que dou para quem se encontra em depressão, ou que ajuda uma pessoa que se encontra com tal problema é fazer com quem a pessoa aceite que tem uma patologia e tem que se tratar. Outro fato, que pode ajudar no tratamento é fazer o enfermo sair de redes sociais, uma vez que as mesmas trazem situações de falsas competências, uma vez que muita gente posta coisas que os fazem parecer bem sucedidos, levando a quem não teve mesma chance a se considerar menos que os outros.


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